O contexto político brasileiro tem sido permeado por acontecimentos que alteram a construção das estratégias comunicacionais utilizadas pelos atores políticos. A utilização da ambiência digital como fonte de relacionamento entre político e cidadão impulsionou o que estudiosos compreendem como campanha permanente. É a partir destas circunstancias que objetivamos, neste artigo, analisar a construção das estratégias de campanha permanente utilizadas por Luís Inácio Lula da Silva, na sua página no Facebook. Buscaremos responder os nossos questionamentos por meio de proposições presentes nos (...) conceitos de campanha eleitoral na ambiência digital, campanha permanente, personalização e dramatização da política, utilizando o método de análise de conteúdo, somado ao uso da técnica de observação indireta e não participativa. (shrink)

Emotional intelligence is a psychological skill that aids athletes in the control of emotions and optimization of sports performance. The present study investigated the psychometric properties of the Self-Report Emotional Intelligence Test in 508 Brazilian youth and adult athletes. Data analysis was conducted through Exploratory and Confirmatory Factor Analysis, Cronbach’s alpha, composite reliability and Pearson’s Correlation. EFA revealed the one-factor model with 26 items with the best adjustment. CFA confirmed the one-factor model with 26 items with best greater fit. No (...) evidence of invariance was found, suggesting that the SSEIT must be used with caution when comparing gender and age groups. The external validity was found in the correlation of EI and cognitive anxiety and self-confidence. It is concluded that the Brazilian version of SSEIT for the sports context presented acceptable psychometric properties, however, showed limitations that should be explored in the future. (shrink)

I argue that we are subject to ‘aesthetic luck’ in four senses: constitutive, upbringing, sociogeographic, and circumstantial. I review evidence from our practices, philosophy, and science. I then consider what challenges aesthetic luck raises to the communicability of aesthetic judgments, the formation of one’s aesthetic character, and the goal of a life well lived, as well as possible answers to those challenges.

A partir de uma análise comparativa entre a obra consagrada Frankenstein, de Mary Shelley, e a trilogia contemporânea Jogos Vorazes, de Suzanne Collins, este trabalho pretende assinalar a visão pessimista quanto ao progresso tecnológico e científico que ambas compartilham. Apoiamo-nos na teoria de Walter Benjamin e Hannah Arendt, pensadores que escreveram sobre a mesma visão pessimista. Ademais, nossa pesquisa investiga as faces da monstruosidade na trilogia Jogos Vorazes em contraste com a criatura gerada por Frankenstein, categorizada como monstro clássico. Por (...) fim, assinalamos a provável inclinação das mensagens finais para um pessimismo quanto ao progresso científico e tecnológico. Nosso objetivo é o de mostrar como essas histórias, separadas por quase duzentos anos, convergem para o mesmo questionamento sobre o futuro. (shrink)

RESPONSABILIDADE ESTATAL NOS CRIMES COMETIDOS CONTRA OS DIREITOS HUMANOS DURANTE A VIGÊNCIA DA DITADURA MILITAR BRASILEIRA.

Recent literature on skepticism has raised a nearly univocal voice in condemning skeptical argumentation on the grounds that such argumentation necessarily involves our adopting some nonordinary or unnatural perspective. Were this really so, then skeptical conclusions would not speak to us in the way in which skeptics think they do: We would be "insulated" from any such conclusions. I argue that skeptical argumentation need not rely on any nonordinary or unnatural standards. Rather, the skeptic's procedure is to offer a critique (...) from within. Having given my argument for this claim (which I call the 'continuity argument'), I consider and respond to two important objections. I conclude that the skeptic has a powerful meta-argument to be deployed in defending the legitimacy of his skeptical conclusions against the slings and arrows of (those I call) the half-true theorists. (shrink)

Este artigo apresenta memórias da experiência docente de uma jovem que se tornou negra na Universidade, reconfigurando assim a forma de se posicionar no mundo acadêmico e na vida pessoal. Os relatos são apresentados em forma de carta, um recurso metodologicamente criativo, conforme Figueiredo (2015), que aproxima a narrativa de acontecimentos em diálogo com autoras negras, preferencialmente. Ao relatar sua experiência, a autora toma a ideia de espelhos que se constroem e são construídos a partir de vivências acadêmicas. Ao utilizar (...) o “tornar-se negro”, conceito cunhado por Neuza Santos Souza (1983), como fio de condução desse diálogo, é possível refletir com criticidade sobre as dificuldades e apagamentos na difusão de pensadoras e pensadores negros na ciência, principalmente em ciências sociais aplicadas. Dessa forma, este trabalho sugere uma (re)descontrução dos componentes curriculares em todos os cursos do ensino superior para que discussões e conhecimentos produzidos no Brasil incorporem os saberes da intelectualidade negra desse país, efetivando a transformação social. (shrink)

Imagination and memory are often distinguished as fiction and reality, but classical authors, such as Hobbes, have been well aware of their similitudes. And the French writer Stendhal (acknowledging his debt to Hobbes, whose works he read in his youth) is perhaps the novelist to have shown most accurately how, from the moment love became amour passion in the beginning of the 19th century, the power of imagination inside memory began to grow – until it was able to undermine and (...) even cut the link between memory and reality. But the emergence of passionate love creates a new challenge: can we control the powers of passion that we have identified? How can we accept the ideal of freeing the emotions, and simultaneously aim to control them, in order to attain a better life than human beings have had until now? (shrink)

Filologia e filosofia.--Pensar, falar, escrever.--Elementos de lógica aristotélica.

Este artigo objetiva pensar o debate envolvendo a questão da literalidade na obra de Gilles Deleuze, mormente naquela escrita em parceria com Félix Guattari, a partir de um recuo pelo pensamento do filósofo Henri Bergson. Apresentada como um modo singular de operar com a escrita, a literalidade deleuze-guattariana exigiria que determinadas formulações, mormente aquelas de teor imagético fossem lidas ao pé da letra (a la lettre) ao invés de interpretadas como metáforas. Tendo adentrado em nosso país por meio do dossiê (...) Entre Deleuze e a Educação, publicado em 2005 no periódico Educação & Sociedade, a questão da literalidade fomentou uma discussão acalorada, nomeadamente no campo educacional – dado o fato de um dos participantes, François Zourabichvili, propor uma pretensa teoria de ensino deleuzeana a partir dessa noção. Longe de querer encerrar tal debate, almejamos pensá-lo sob a égide do pensamento bergsoniano, a fim de propor um escape do binarismo estabelecido. (shrink)

Mohan Matthen holds that visual perceptual content is divided into descriptive and referential elements. Descriptive content is our awareness of sensory features belonging to objects located in the visual field. Matthen conceives of this in terms of an image. The referential element is a demonstrative form of content, by which we pick out those objects as particulars and assert their physical presence. Matthen terms this ‘the feeling of presence’. Together, they make up the ‘assembled message’ that visual states present to (...) the perceiver in perceptual experience. I argue that the two elements cannot play together as Matthen envisages. Beginning with the referential element, I show that the feeling of presence is unable to both provide demonstrative reference and assert that the visual state reflects how things are. Turning to the descriptive element, I argue that Matthen is committed to a view on which descriptive (or image) content is a mental entity, a reified image. This is a common element across perceptual experience, episodic memory and visual imagination. The mental entity proves a defective ingredient in assembling perceptual content that purports to present reality. There are problems integrating the depicted viewpoint with the subject’s actual viewpoint, and problems maintaining a coherent notion of assertion. I argue that the project of assembling perceptual experience from descriptive and referential elements is unworkable. (shrink)

Can a planetary anthropology cope with both the "provincial cosmopolitanism" of alternative anthropologies and the "metropolitan provincialism" of hegemonic schools? How might the resulting "world anthropologies" challenge the current panorama in which certain allegedly national anthropological traditions have more paradigmatic weight--and hence more power--than others? Critically examining the international dissemination of anthropology within and across national power fields, contributors address these questions and many others.

While Hume is famous for his development and defence of various arguments for radical scepticism, Hume was bothered by the tension between his ‘abstruse’ philosophical reflections and ordinary life: If he often felt intensely sceptical in his study, he nonetheless felt genuinely unable to take these sceptical views seriously when he returned to the concerns and activities of everyday life. Hume's published work shows a deep and ongoing preoccupation with this tension, and I believe it also shows that Hume's view (...) about the ‘durability’ of scepticism (that is, the extent to which sceptical insights can have an abiding impact on our cognitive lives) underwent an evolutionary development throughout the course of his publishing career. In this paper I propose to trace these textual developments in detail. In particular, I will argue that Hume's concern for intellectual stability is what drives the evolution, as he struggled to understand the ‘durable value’ in scepticism. (shrink)

This paper makes a plea for more reflexive attempts to develop and anchor the emerging concept of responsible research and innovation. RRI has recently emerged as a buzzword in science policy, becoming a focus of concerted experimentation in many academic circles. Its performative capacity means that it is able to mobilise resources and spaces despite no common understanding of what it is or should be ‘made of’. In order to support reflection and practice amongst those who are interested in and (...) using the concept, this paper unpacks understandings of RRI across a multi-disciplinary body of peer-reviewed literature. Our analysis focuses on three key dimensions of RRI that remain particularly opaque. A total of 48 publications were selected through a systematic literature search and their content was qualitatively analysed. Across the literature, RRI is portrayed as a concept that embeds numerous features of existing approaches to govern and assess emerging technologies. Our analysis suggests that its greatest potential may be in its ability to unify and provide political momentum to a wide range of long-articulated ethical and policy issues. At the same time, RRI’s dynamism and resulting complexity may represent its greatest challenge. Further clarification on what RRI has to offer in practice—beyond what has been offered to date—is still needed, as well as more explicit engagement with research and institutional cultures of responsibility. Such work may help to realise the high political expectations that are attached to nascent RRI. (shrink)

Procurou-se, e esse foi o objetivo essencial, que este volume fosse marcado pelo discurso questionador e crítico de historiadores, de filósofos, de especialistas da ciência política, das ideias, do direito, da economia, da educação, da comunicação, da informação, das ciências, das artes. Surgiram assim interpretações, quadros, configurações e reconfigurações, ângulos de análise diversificados que fomentarão, por certo, uma reflexão viva dos leitores. É fundamental — continua a sê-lo — repensar e questionar campos temáticos à luz das análises teóricas e concetuais, (...) mas também dos processos, das dinâmicas, das relações, das potencialidades explicativas da nossa contemporaneidade. É assim que se entende este livro, com muitas contribuições, que vêm propiciar e enriquecer a reflexão sobre Outros Combates pela História. Combates pela História é, como se sabe, o título de um livro famoso de Lucien Febvre dos anos cinquenta. Através de uma recomposição, de novo se deu importância a todas as modalidades da História, mantendo, todavia, o sentido do rigor que era algo perseguido nos «combates pela História». Quer-se, pois, analisar o sentido da História, nas suas várias áreas. Contudo, ao propor-se este tema, não se desejou que os autores apresentassem tanto as suas investigações nas suas áreas próprias — embora elas estivessem subentendidas e devessem ser expressas —, mas que refletissem sobre o seu sentido no âmbito da História entendida como Ciência Social e Humana. Para tal, desejou-se que discutissem o objeto e o método da História das diversas áreas, equacionando os seus vários problemas. Foi isso que também sucedeu — estamos disso convencidos. Mas será o leitor, melhor do que ninguém, a ajuizá-lo. (shrink)

Resumo: Este artigo realiza uma abordagem seletiva do escrito Para além de bem e mal que considera, como seu eixo interpretativo, as vertentes da crítica antidogmática da vontade de verdade e da filosofia experimental nietzschiana. A partir deste ponto de vista, veremos que o escrito nietzschiano em questão apresenta uma grande estratégia que, ao mesmo tempo, é crítica da verdade como valor e a coloca como modo de experimentação filosófico. A suposição da verdade como mulher mostraria tal estratégia eminentemente antidogmática.Palavras-chave: (...) verdade - experimentação - crítica - mulher.: This paper aims at a selective reconstruction of Beyond Good and Evil, guided by the anti-dogmatic criticism of will of truth and by the experimental Nietzsche's philosophy. From this point of view, we expect to suggest this particular Nietzsche's writing presents a great strategy which, at same time, is critical of the truth as a worth and puts it as a possibility of philosophical experimentation. The truth supposition as woman would show such strategy eminently anti-dogmatic. (shrink)

Este artigo tem como objetivo principal identificar no pensamento de Habermas elementos que permitam refletir sobre questões referentes às relações entre teoria e prática presentes no discurso educacional, especialmente as relacionadas à formação de professores. Resulta de inquietações provocadas pelo predomínio de um discurso educacional impregnado pela tendência a privilegiar a prática e, de certo modo, negar a teoria, apoiando-se numa ideia de formação restrita a dimensões puramente instrumentais. O lugar da teoria e da prática nos processos de construção do (...) conhecimento na formação de professores não é consensual nem nos discursos a respeito do tema tampouco na produção acadêmica. É possível identificar algumas tendências nos encaminhamentos das discussões sobre as relações entre teoria e prática no contexto educacional. Uma que, ao mesmo tempo em que reconhece a necessidade da teoria para os processos de formação de professores, entende que a teoria nem sempre se aplica à prática ao afirmar, por exemplo, que a teoria é uma coisa e a prática é outra. Outra defende a supremacia da prática para uma formação mais efetiva; agrupa argumentos como “muita teoria e pouca prática”. A partir das contribuições de Habermas, expressas especialmente em Conhecimento e Interesse e Teoria e Prática, analisam-se as formas de inter-relacionamento entre teoria e prática a partir do papel da autorreflexão enquanto atitude capaz de oferecer condições para a compreensão dos mecanismos que contribuem para a dicotomia não só entre teoria e prática, mas também entre conhecimento e interesse. O diálogo com as contribuições de Habermas convida e, ao mesmo tempo, provoca o campo e o discurso educacional a reverem as formas como pensam e formulam seus projetos de formação. Sobretudo, acerca das condições de essa formação permitir que os sujeitos destinatários participem de forma mais autônoma desse processo e tomem o mundo da vida como ponto de articulação entre conhecimento e interesse, e consequentemente, entre teoria e prática. Nessa perspectiva, o exercício da autorreflexão como metodologia é que permite, de fato, uma visão integradora entre teoria e prática. Palavras-chave: Teoria e prática. Conhecimento e interesse. Formação. Autorreflexão. (shrink)

The Bloomsbury Companion to Aesthetics presents a practical study guide to emerging topics and art forms in aesthetics and the philosophy of art. Placing contemporary discussion in its historical context, this companion begins with an introduction to the history of aesthetics. Surveying the central topics, terms and figures and noting the changes in the roles the arts played over the centuries, it also tackles methodological issues asking what the proper object of study in aesthetics is, and how we should go (...) about studying it. Written by leading analytic philosophers in the field, chapters on Core Issues and Art Forms cover four major topics; - the definition of art and the ontology of art work - aesthetic experience, aesthetic properties, and aesthetic and artistic value - specific art forms including music, dance, theatre, the visual arts as a whole, and the various forms of popular art - new areas in aesthetics and the philosophy of art, such as environmental aesthetics and global standpoint aesthetics, as well as other new directions the field is taking towards everyday aesthetics Featuring a list of research resources and an extensive chronology of works in aesthetics and the philosophy of art dating from the fifth century BC to the 21st century, The Bloomsbury Companion to Aesthetics provides an engaging introduction to contemporary aesthetics. (shrink)

Supposing you were convinced by certain radical skeptical arguments that many of your beliefs were not justifiably believed by you, what stance could/should you adopt with regard to those skeptically-problematized beliefs? This paper explores a range of possible reactions, aiming to be reasonably comprehensive in coverage though admittedly suggestive rather than decisive in its treatment of each individual reaction. In considering this variety of responses we begin to see suggestive intimations of the ways in which radical skepticism could represent a (...) threat to our notions of cognitive self-mastery. (shrink)

In this study, we evaluate how individual virtues and inter-organizational management control systems influence buyer–supplier performance through relationship quality. Results from a sample of 232 firms confirm that virtues and IOMCS relate positively to relationship quality and performance, respectively. However, IOMCS lose their positive influence on relationship quality when considered along with virtues. That is, when both variables enter the regression model simultaneously, virtues win. This interesting finding has particular resonance at a time when research on ethics still needs to (...) reinforce its positive effects on the practice of management. (shrink)

Neste artigo, analisamos a missão diplomática de Bartolomé Mitre no Brasil, em 1872, por meio das páginas do La Nación e do Jornal do Commercio. Em um contexto de fortes tensões e disputas territoriais, o historiador, general e ex-presidente argentino esteve no Rio de Janeiro a fim de garantir o Tratado de Aliança e a desocupação do território paraguaio por forças aliadas. Sua visita tem grande repercussão nas imprensas brasileira e argentina. Assim, conjugamos história, diplomacia e imprensa, pensando seu papel (...) na legitimação das ações diplomáticas e as relações entre políticas externa e interna nas décadas finais do Império. (shrink)

Na filosofia de Platão e do platônico Aristóteles há muitas coisas imperfeitas: devir, multiplicidade infinita, indeterminação, contradição, efemeridade, acaso, necessidade cega, acidente, mistura, potência, matéria, não-ser, mal etc. Não houvesse, o sistema não giraria bem em seus gonzos e não daria conta do projeto epistêmico de dizer o real tal como é. Mas há em compensação um fator de perfeição que organiza e subordina tudo isso: a primazia da forma (eîdos). Nenhuma daquelas noções existe sem mais, mas orbita em torno (...) de algum item ligado ao campo semântico da forma: subsistência, unidade, identidade, determinação, teleologia etc. Desse modo, ainda que se admita serem os primeiros itens tão originários quanto os segundos, dá-se uma hierarquia de caráter axiológico, numa assimetria ontológica de um outro jogo de anterioridade e posterioridade. Arguir contra a primazia da forma equivale a arguir a favor da primazia da matéria. Que paisagem se contempla quando se encara o real pela perspectiva de uma filosofia de tipo pré-socrático, marcada agora não pelo signo da insuficiência, mas, ao contrário, como filosofia plena? E se a segunda navegação do Fédon devesse retornar à primeira? E se a filosofia resumida pelo Estrangeiro de Atenas em Leis 888e4-890a1 merecesse não a censura, mas o aplauso? (shrink)

Pretendo neste artigo discutir alguns usos singulares que os pensadores Gilles Deleuze e Félix Guattari, em O Anti-Édipo, fazem da “segunda dissertação” da Genealogia da Moral de Friedrich Nietzsche no intuito de formular uma economia política das sociedades primitivas através do problema da dívida e da crueldade intimamente ligada. Gostaria também de minimamente apresentar como essas práticas foram essenciais para esconjurar a formação do Estado.

Este artigo tem como objetivo ampliar a visão do fazer científico, abordando a análise feita por um dos maiores epistemólogos contemporâneos da natureza do fazer científico e de sua dinâmica, de modo a contribuir para a redução do fosso existente na sociedade científico-tecnológica entre a visão dos problemas fundamentais do homem e a compreensão da ciência e de sua tecnologia. Assim sendo, o nosso estudo se restringe ao modo de ver de Karl Popper o lado mais interno da ciência, evidenciando (...) igualmente a sua estrutura na ética que suas conquistas tecnológico-instrumentais. A questão a ser tratada é como o autor enfrenta o progresso na ciência. Mais especificamente, a ciência progride? (shrink)

Este ensaio acadêmico sobre a infância de terreiro está redigido segundo uma leitura de mundo do candomblé. Há muitas leituras de mundo. Nossas experiências de vida colocaram-nos diante de, pelo menos duas delas: a leitura religiosa como a do candomblé e a leitura laica da pedagogia. No desenrolar dessas experiências observamos no cotidiano de nossas salas de aula - nos cursos de formação de professores e no cotidiano da Educação Infantil - um grande desconhecimento sobre a população de terreiro, em (...) especial sobre suas crianças. O texto aborda o conceito de infância afrodescendente, com base em pesquisas realizadas nos últimos dez anos pelo Grupo de Estudos e Pesquisa Educação, Diversidade e Religião em comunidades religiosas tradicionais situadas no estado do Rio de Janeiro e no estado da Bahia, cujo objetivo é identificar, levar em consideração, compreender de forma pluridisciplinar formas de apropriação, expropriação do legado ancestral africano e afro-brasileiro. No texto trabalhamos com a escuta sensível, inspirado na abordagem italiana segundo a experiência de Reggio Emillia, e com o conceito de vivência de Lev Semenovitch Vigotsky, onde o conceito de vivência como é apreendido como caminho possível para uma educação libertadora, onde a tomada de consciência pela criança possibilita que ela entenda que é autora do próprio mundo. Uma realidade onde a escola valorize e dê visibilidade a infância afrodescendente pertencente as comunidades religiosas tradicionais. (shrink)

Research has revealed how inherent self-organizing tendencies in athletes and sports teams can be exploited to facilitate emergence of dynamical patterns in synergy formation in sports teams. Here, we discuss how game models, and associated tactical principles of play, may be implemented to constrain co-existing global-to-local and local-to-global self-organization tendencies in team sports players during training and performance. Understanding how to harness the continuous interplay between these co-existing, bi-directional, and coordination tendencies is key to shaping system behaviors in sports training. (...) Training programs are traditionally dominated by designs, which shape the self-organizing tendencies of players and teams at a global-to-local scale by coaches imposing a tactical/strategical plan with associated tactical principles of play. Nevertheless, recent research suggests that performers also need to be provided with opportunities to explore self-organizing tendencies that emerge at the local-to-global scale in training. This directional tendency in synergy formation can be facilitated by players being given opportunities to actively explore different adaptive and innovative performance solutions, coherent with principles of play circumscribed in an overarching game model. Developing methods (coaching sessions rooted on principles of dynamical systems theory that foment the development of such local-to-global relations) to exploit the continuous interplay between these co-existing tendencies within sports teams may promote more effective and efficient athlete skill training programs, in addition to enhancing performance. (shrink)

Despite their divergences, I argue that Sextus, Montaigne, and Hume are committed to several substantive points of commonality and that these commonalities justify us in speaking of them as belonging to a unitary Pyrrhonist tradition. In this tradition, Pyrrhonizing doubt serves to chart the boundary of that-which-resists-doubt, thereby simultaneously charting the shape of that complex of nature and custom which constitutes the bedrock of human life — the life that remains after doubt has done its worst.